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Entorses do tornozelo representam 21% de todas as lesões esportivas

Por Dra. Ana Paula Simões


As entorses do tornozelo são comuns em atletas submetidos a treinamento intensivo e representam de 16% a 21% de todas as lesões esportivas. Elas ocorrem com maior frequência durante as competições e menos nos treinamentos, já que, geralmente, o "terreno" é conhecido na hora. Os ligamentos do complexo lateral são os mais acometidos e representam 45% de todas as lesões, sendo que em 20% dos casos evoluem para a instabilidade.

A estabilidade do tornozelo é conferida por estruturas estabilizadoras estáticas e dinâmicas. A estabilização óssea, também conhecida como "pinça do tornozelo" é constituída pela parte superior da tíbia, pelo maléolo medial e o lateral. A articulação tibiotársica é muito estável, sendo que 65% da estabilidade é oferecida pelas estruturas ósseas.

Os estabilizadores estáticos são representados pelos ligamentos. O estabilizador medial é o ligamento deltóide. A estabilidade lateral estática é fornecida pelo complexo ligamentar lateral formado pelos ligamentos fibulotalar anterior (LFTA), fibulocalcâneo (LFC) e fibulotalar posterior (LFTP).

Os estabilizadores dinâmicos são constituídos pelos tendões dos músculos que atravessam a articulação do tornozelo. Os laterais dinâmicos são os tendões dos fibulares, e os mediais, os tendões do tibial posterior e flexores dos dedos.

Classificação:

As lesões ligamentares classificam-se em agudas e crônicas. As agudas, por sua vez, classificam-se em três graus conforme a gravidade.

Grau I: Estiramento microscópico. Rompimento intra-substância do ligamento. Geralmente lesão isolada do LFTA. Ausência de instabilidade.

Grau II: Rotura macroscópica parcial do ligamento. Geralmente ocorre rotura completa do LFTA e parcial do LFC. A instabilidade pode estar presente.

Grau III: Rotura completa geralmente do complexo lateral. Instabilidade franca da articulação.

Quadro Clínico e exame físico:

A queixa de dor é mais freqüentemente referida na inserção fibular do LFTA e na inserção do LFC no calcâneo. A dor piora com o movimento e é acompanhada de edema e equimose latera

Link da publicação original - clique aqui.


Dra. Ana Paula Simões

👉 Mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo

👉 Especialista e delegada regional do Comitê de Traumatologia esportiva


👉 Médica assistente do grupo de traumatologia da Santa Casa de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Futebol Feminino e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva.

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