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No combate ao sedentarismo, qual nosso papel como Medatleta?

Abril chegou ao fim, e com ele encerramos o Abril Verde, mês de combate ao sedentarismo. Se você tem se engajado no movimento dos médicos atletas, imagino que esteja se movimentando. No entanto, caso minha conclusão tenha sido precipitada, não se sinta julgado.


A prática regular de atividade física tem seus altos e baixos. Atire a primeira pedra quem nunca se afastou por um tempo, e esse afastamento acabou se estendendo muito mais do que o desejado. As razões são diversas: o nascimento de um filho, a sobrecarga de trabalho, uma lesão – não importa.


Os dois pontos mais importantes que quero trazer para reflexão são:


  1. Voltar é sempre possível. Começar hoje é sempre melhor do que deixar para amanhã. Não importa se você precisa ajustar a atividade, mudar o volume ou estabelecer novas metas. O importante é se acolher, não se julgar, e entender que cada fase da vida tem suas particularidades. Seja gentil consigo mesmo nos dias mais difíceis.


  2. Estenda essa mesma compreensão aos outros, especialmente aos seus pacientes. Como médicos, somos figuras de autoridade, e para um paciente sedentário, falar sobre dificuldades com um "médico atleta" pode ser intimidante. Pode haver uma comparação e a sensação de que ele nunca será capaz de alcançar o mesmo nível. Lembre-se: ninguém começa correndo uma maratona. A jornada é longa, e você pode ser um corredor a vida inteira sem nunca ter corrido uma maratona e você segue sendo um atleta amador.



    Vivemos em um mundo onde os julgamentos são constantes e as verdades absolutas parecem se multiplicar. Muitas vezes, as pessoas tentam encaixar os outros em moldes rígidos. Se você é corredor, por exemplo, é esperado que não faça determinadas coisas. Isso é uma bobagem. Temos o direito de ser multifacetados e de viver paradoxos. Eu sou da corrida, já fui do pilates e, em certas fases, adoro pedalar. E está tudo bem.


    Voltando ao ponto central: só conseguiremos combater o sedentarismo de forma eficaz quando abrirmos o coração e a mente para os outros. Quando formos empáticos, sem tentar simplificar as dificuldades alheias – nem as nossas. 


    Como médicos, especialmente médicos atletas (lembra que abril também é nosso mês?), temos o dever de fomentar de maneira concreta a prática da atividade física, começando por nós mesmos. Precisamos mostrar às pessoas que somos humanos como todos, com dias de preguiça, dias em que não queremos treinar, e momentos em que não seguimos à risca tudo aquilo que consideramos importante para nossa saúde.

    A vigilância deve ser constante, mas também amorosa. Me conta aqui nos comentários: como você aborda esse tema nas suas redes sociais e atendimentos?


    Para finalizar, você já se inscreveu no 2a corrida virtual do movimento? Clica aqui e se inscreva!

     https://www.ticketsports.com.br/e/2-corrida-virtual---movimento-mdicos-atletas-71691


    Um abraço

    Alessandra


    Dra Alessandra Freitas Russo é neurologista da infância e da adolescência com mestrado e doutorado pela USP. Atua na clínica Vivere, uma clínica de reabilitação infantil, onde é sócia fundadora. É especialista em medicina do estilo de vida e acredita que a alegria e a gratidão são pilares de uma vida mais feliz.
    Dra Alessandra Freitas Russo é neurologista da infância e da adolescência com mestrado e doutorado pela USP. Atua na clínica Vivere, uma clínica de reabilitação infantil, onde é sócia fundadora. É especialista em medicina do estilo de vida e acredita que a alegria e a gratidão são pilares de uma vida mais feliz.

    @neuroevoce @vivereclnicagranjaviana



 
 
 

1 Comment


Parabéns pelo excelente texto, querida Dra Alê! Sempre assertiva e contribuindo tanto para a informação sobre os benefícios da constância e abaixo à cobrança improdutivo! Vamos nos mexer!! ❤️🙏🏼👏👏👏👏

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