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Foto do escritorMaria Eduarda

Ombro: a articulação que pode congelar

Você sabia que o ombro é capaz de ficar estilo frozen? Sim, mas não no sentido literal de resfriamento e sim, de perda/ausência de movimento.


O ombro congelado também conhecido como capsulite adesiva é uma modificação nas estruturas do ombro caracterizado pela perda progressiva de movimento, principalmente de abdução (abrir o braço) e de rotação lateral (girar o braço para o lado).


Existe uma lacuna sobre o surgimento dessa patologia e as associações com restrição de movimento e dor. Entretanto, sabe-se que é frequentemente relacionada a outras condições sistêmicas (como diabetes) ou por decorrência após períodos de imobilização, o que vai variar seus estágios. 


A razão pela qual acontece é devido uma fibrose do tecido fibroproliferativo (responsável pela cicatrização), em que os fibroblastos, transformam-se em miofibroblastos, que são acompanhados por inflamação, neoangiogênese e neoinervação, resultando em regiões fibróticas capsulares do ombro.

Resumindo: o ombro devido a fibrose produz dor e limitações de movimento. 


O diagnóstico é baseado em exame físico e nos movimentos, principalmente na redução da rotação lateral/externa dos movimentos do ombro e, em sua maior parte, na existência do encurtamento do músculo subescapular. 


Além de que, essa patologia vem acompanhada de 4 estágios: 


Estágio 1: até 3 meses

Dor ao final do movimento 

Redução mínima de amplitude de movimento 

Dor durante a noite

Manguito rotador sem alterações


Estágio 2: de 3 a 9 meses

Sinovite presente 

Redução importante da amplitude de movimento por conta da dor

Redução de amplitude de movimento devido a dor 

Redução de amplitude de movimento mesmo com anestesia


Estágio 3: de 9 a 15 meses 

Redução da amplitude de movimento

Presença de dor 

Fibrose capsuloligamentar 


Estágio 4: de 15 a 24 meses

Dor começa a melhorar 

Redução de amplitude de movimento permanece mesmo sob anestesia


Para quem quiser entender um pouco mais sobre a lesão e a fisioterapia indico a leitura desse artigo: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6708838/




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