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PRÉ PARTICIPAÇÃO ESPORTIVA E MORTE SÚBITA



Olá, amigos Medatletas!

Hoje iremos conversar sobre pré participação esportiva e risco de morte súbita.

Quase todas as semanas, temos notícias de atletas, sejam profissionais ou amadores, que foram vítimas de morte súbita durante atividade física. Pessoas das mais variadas idades, etnias e comorbidades, em diversos esportes, sofrendo um fim trágico.

Com o intuito de reduzir as chances de ocorrer uma situação dessas, seja conosco, com algum ente querido ou paciente, vão aqui algumas dicas práticas para minimizar esse risco.

Na avaliação pré participação esportiva, dividimos os candidatos em 2 grupos: abaixo de 35 anos e acima de 35 anos.

Adultos com menos de 35 anos tem menor risco de doença coronariana e maior risco de outras patologias, tais como:

- Miocardiopatia hipertrófica, displasia arritmogênica do VD, miocardites, uso de drogas (anabolizantes, cocaína), entre outros.

Para esse grupo, que naturalmente tem menor risco de morte súbita, devem ser realizados os seguintes procedimentos:

- Anamnese completa

-Exame físico completo

-Eletrocardiograma de repouso (segundo diretrizes européias).

Se a anamnese não evidenciar riscos maiores, o exame físico for normal e o eletrocardiograma também for normal, o nosso atleta está apto a realizar atividades físicas normalmente. Se ocorrer aparecimento de algum sintoma cardiovascular, deve-se interromper atividade física e procurar auxílio de médico especialista na área. Do contrário, uma reavaliação anual está indicada.

Pessoas com mais de 35 anos: são indivíduos de maior risco cardiovascular, especialmente Doença coronariana, a qual é responsável por 80% dos casos de morte súbita no esporte.

Para essas pessoas, são recomendados os seguintes procedimentos:

- Anamnese completa

- Exame físico completo

- Teste ergométrico com esforço máximo.

Estando normais a anamnese, exame físico e teste ergométrico, o indivíduo está apto à atividade física. Da mesma forma que os menores de 35 anos, se houver algum sintoma adicional, deve-se procurar auxílio médico de especialista na área. Do contrário, deve-se repetir anualmente essa rotina.

Além desses 2 grupos, pacientes já sabidamente cardiopatas devem ser submetidos à consultas e exames regulares específicos, determinados de preferência com cardiologista especializado em esportes.

Por último, se for acometido por COVID, deve-se suspender atividade física por 2 semanas. Após esse período, não tendo sintomas cardiovasculares, especialmente fadiga, dispneia, tonturas, dor no peito ou síncope, pode reiniciar atividade física gradualmente após 15 dias da resolução da COVID. Se houver sintomas ou dúvidas, o indivíduo deve procurar auxílio médico antes de reiniciar.

Seguindo essas recomendações, conseguimos reduzir os riscos de morte súbita.

Desejo ótimos treinos a todos!

 

Dr. Leonardo Spercoski Gonçalves

Cardiologista e Médico do Esporte

CRM-PR 17802

@drleonardospercoski

 

 

 

 


 
 
 

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