Transformações do corpo depois dos 40: como a atividade física e a alimentação podem ser suas maiores aliadas
- Dra Juliana da Silva Pereira
- 20 de jun.
- 2 min de leitura

Aos 40 anos, muitos de nós começamos a notar mudanças sutis — ou nem tão sutis assim — no corpo. A disposição já não é a mesma de quando tínhamos 20 e poucos anos, o metabolismo desacelera, a massa magra diminui mais facilmente, e a gordura corporal parece se acumular em locais estratégicos (e indesejados!).
Além disso, alterações hormonais começam a ganhar protagonismo nessa fase, influenciando o sono, o humor e o apetite. Para mulheres, a transição para a menopausa pode potencializar essas mudanças; para homens, a queda gradual da testosterona também traz impactos para o corpo e a mente.
Mas aqui vai uma boa notícia: é possível envelhecer com saúde, disposição e autoestima em dia — desde que você faça escolhas intencionais.
Por que fica mais difícil depois dos 40?
A partir dos 40 anos, o corpo naturalmente:
Diminui a taxa metabólica basal, ou seja, gasta menos energia em repouso.
Perde massa muscular mais rápido se não há estímulo (como musculação).
Acumula gordura mais facilmente, principalmente na região abdominal.
Sente mais os efeitos do estresse e da má qualidade do sono, fatores que também influenciam no peso e na disposição.
O resultado é que manter o mesmo peso de antes — ou até emagrecer — exige mais estratégia, disciplina e, acima de tudo, constância.
Atividade física: não é só sobre estética
Treinar regularmente depois dos 40 vai muito além de estética:
Preserva e aumenta a massa muscular, o que mantém o metabolismo ativo.
Melhora a saúde óssea, reduzindo o risco de osteoporose.
Equilibra hormônios importantes para energia e disposição.
Diminui o estresse e melhora o sono, fatores essenciais para controlar o apetite.
A dica é unir treinos de força (musculação, pilates com carga) com exercícios aeróbicos moderados, respeitando suas limitações e com orientação profissional.
Alimentação: menos radicalismo, mais equilíbrio
Dieta restritiva não é sustentável — especialmente depois dos 40, quando o corpo precisa de nutrientes de qualidade para se manter forte e funcional.
Algumas estratégias eficazes:
Aumente a proteína: inclua boas fontes em todas as refeições para preservar a massa magra.
Valorize alimentos frescos e integrais: legumes, frutas, verduras e cereais integrais ajudam na saciedade.
Hidrate-se: a sede costuma ser confundida com fome, e a desidratação agrava a fadiga.
Permita-se: momentos de prazer à mesa são importantes — desde que planejados e conscientes.
Envelhecer bem é uma escolha diária
Encarar a transformação do corpo com serenidade é mais fácil quando entendemos que envelhecer é um privilégio, mas exige cuidado. E esse cuidado não precisa ser solitário: contar com acompanhamento médico, nutricional e físico faz toda a diferença para conquistar resultados reais, duradouros e sem abrir mão da qualidade de vida.
Você não precisa voltar aos 20 — mas pode ser a sua melhor versão aos 40, 50, 60.

Juliana da Silva é médica (CRMSP 144.525) parceira e membro da diretoria científica do Movimento Médicos Atletas e atua como generalista com foco em nutrologia e medicina do estilo de vida.
É especialista em ajudar pessoas que buscam mais qualidade de vida, controle de suas doenças crônicas e longevidade através dos hábitos saudáveis.
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