Você é suficientemente ativo? Porque passos por dia deveria ser considerado um sinal vital.
- Dra Conceição Campos
- há 2 dias
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Consideramos 4 sinais vitais: frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura e pressão arterial. Alterações nesses parâmetros obrigam medidas sutis ou drásticas.
Por exemplo, se você se internar num hospital agora para um procedimento qualquer, a equipe de saúde vai pedir para esses 4 sinais serem averiguados durante a sua internação. Se você estiver fazendo exercícios físicos e sua frequência cardíaca se aproxima da sua frequência cardíaca máxima (empiricamente 220-idade para homens e 226-idade para mulheres) você deverá limitar a duração do exercício ou da intensidade, para restabelecer as condições ideais de treinamento.
Mas, muito das doenças crônico-degenerativas (hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, câncer, doenças cardiovasculares, etc) e os consequentes gastos em saúde pública são reflexo de estilo de vida modernos onde o sedentarismo ou a insuficiência de atividade física prevalecem.
Diante da epidemia de sedentarismo e insuficientemente ativos, temos a necessidade de estimular qualquer tipo de atividade física (substituir o elevador pelas escadas; andar mais; usar mais bicicletas para o transporte; se levantar da cadeira/sofá/cama a cada 30 minutos para movimentar-se; etc) além dos exercícios físicos e esportes regulares.
Mas os estudos científicos estão facilitando a declaração do “está pago!” ao trazerem a contabilização de passos por dia que você realiza para a diminuição do risco de doenças crônicas não transmissíveis.
O artigo citado na referência analisa revisões sistemáticas e estudos de meta-análise sobre o tema (consideradas as melhores evidências científicas possíveis) e chega à conclusão que embora 10.000 passos por dia seja um alvo válido para os indivíduos mais ativos, 7.000 passos por dia é mais realístico e alcançável além de proporcionar redução risco de 6-47% das doenças crônicas citadas.
A partir de agora, cheque no seu smartfone quantos passos você está dando e, você colega médico, pergunte ao seu paciente quantos passos ele dá por dia, trazendo esta meta realista e alcançável para a sua prática.
Ding, Ding et al. Daily steps and health outcomes in adults: a systematic review and dose-response meta-analysis.The Lancet Public Health, Volume 10, Issue 8, e668 – e681, 2025.
Dra Conceição Campos
Médica Radioterapeuta RQE 2357
Doutora em Oncologia Fundação Antônio Prudente 2012
Pós-graduação em Medicina do Esporte IBCMED 2018
Pós-graduanda em Endurance e Biomecânica Instituto Valorize 2024-26
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